Transformação nas Ações Afirmativas: é preciso riscar a navalha no chão
Resumo: Este estudo enseja refletir a presença/ausência de pessoas trans nas universidades públicas brasileiras a partir de vivências da equipe da Secretaria de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade de uma universidade federal e de uma transativista. Nossa empreitada experimental é motivada a partir de um lugar comum e de uma tessitura intersubjetiva, na qual buscamos articular reflexões a dados documentais e alguns estudos que consideramos relevantes no campo dos direitos humanos, das ações afirmativas, bem como da comunidade de LGBTQIAPN+ no Brasil, país líder mundial em assassinatos de pessoas trans. Esboçamos um levantamento das universidades que sinalizam ofertar cotas para pessoas trans e consideramos que apesar de alguns avanços alcançados, é evidente o rescaldo de uma cruzada antigênero e de um backlash contra os direitos dessas pessoas, o que nos leva a reivindicar a urgência de ações afirmativas para um público historicamente negligenciado do projeto de desenvolvimento do país.
Palavras-chave: direitos humanos; ações afirmativas; pessoas trans.
Thiago Loureiro1
Natália Rejane Salim2
Ângela Lopes3
Flávio Adriano Borges4
Natália Sevilha Stofel5